Autism friendly event at the Jewish Museum

Autism friendly event at the Jewish Museum

Today I am going to write about something different. As I mentioned in my previous post, since I moved to the UK, I have learned a lot about the role of museums in improving social inclusion. It started in my Masters, where we read articles and discussed what museums in the UK are currently doing to provide accessibility for people with special needs and ended up changing my career perspective. What is interesting about it is that the more you research the topic, the more you realise that, while on the one hand museums are providing physical accessibility features such as disabled toilets, large print signs, audio guides as well as welcoming guide dogs,on the other hand, developmental disabilities are still being overlooked.

For my Masters dissertation, I did extensive library research from both primary and secondary sources and attended several autism-friendly events to find out more about what museums are currently doing to accommodate children with Autism Spectrum Disorder (ASD). The experience has really opened my eyes to the potential museums have to reach people on different levels, as explained by Richard Sandell, one of the leading figures in the UK promoting the positive impact of inclusive practices in museums:

Recent research suggests that museums can contribute toward social inclusion at individual, community and societal levels. At an individual or personal level, engagement with museums can deliver positive outcomes such as enhanced self-esteem, confidence and creativity. At a community level, museums can act as a catalyst for social regeneration, empowering communities to increase their self-determination and develop the confidence and skills to take greater control over their lives and the development of the neighbourhoods in which they live. Lastly, museums, through the representation of inclusive communities within collections and displays, have the potential to promote tolerance, inter-community respect and challenge stereotypes (Sandell, 2003, p. 45).

In recent years, there has been an increase in initiatives to promote social inclusion for people with disabilities, including autism, “a condition characterised in varying degrees, by difficulties in social interaction, verbal and nonverbal communication and repetitive behaviours” (Autism Speaks, n.d.). As a result of the promotion of autism awareness, participation in both educational and leisure programmes are becoming more frequent in museums. Some of them are now providing special events such as “Curious Explorers” sessions, which consist of opening the museum in the early hours of the morning exclusively for families and children with autism.

Recently, I had the opportunity to volunteer in the first autism-friendly event at the Jewish Museum in London. It was a day carefully planned for months by the Learning Team at the museum and full of fun activities for the families. In each gallery, there was an activity to do such as playing with clay (my favourite, by the way, so relaxing!), family trails, scribing and object handling.

Here are some pictures for you to see.

The museum also had a sensory room for the children, in case they felt a bit anxious with the new space and needed a place to relax, and accessories such as ear defenders for those who are over stimulated and/or sensitive to certain sounds or noise. In addition to this, there was also a team of friendly trained staff and volunteers keen to help in any way they could. I can’t show you pictures of the families as I don’t have their permission, but during the entire 2h of the event, we saw families coming by and having a really great time at the museum!

One of the most important things we did was to allow these families to take their time and do what they felt comfortable with. I have realised that  sometimes, when we want to help, we end up offering a dozen options of things to do and asking every two minutes if they are ok, but it is often best to just be around if they need us and let them join the activities they wish to join. I have to say that my mug and ceramic plate decorating activity was a success! There was some great artwork produced – not mine, though, as I clearly don’t have any artistic skill. But even though the numbers were small, for their very first time trying an autism-friendly event, I do believe it was a success as it delivered what it has promised: a great family time for the children and their families.

If you have the opportunity to go to some of these events, please do! And do let me know your thoughts on it either as a museum professional or as a parent. It is always good to hear/read different opinions and know what can be improved!

If you want to visit the Jewish Museum in London, they are located in Camden (Raymond Burton House, 129-131 Albert St, London NW1 7NB). Open everyday from 10am to 5pm.

Update:

If you want to find out more about accessibility and inclusion in museums, earlier this year I participated in some research with VocalEyes about access information on UK museum websites and it has just been published! Here is the link in case you want to read: VocalEyes

Works Cited

Autism Speaks (n.d.). What Is Autism? What Is Autism Spectrum Disorder? Autism Speaks. Available at: https://www.autismspeaks.org/what-autism [Accessed 10 June 2016].

Sandell, R. (2003). Social inclusion, the museum and the dynamics of sectoral change. Museum and Society, 1 (1), p. 45 – 62.

Sobre a importância do trabalho voluntário

Acredito que alguns de vocês estejam se perguntando sobre o mercado de trabalho no Reino Unido, se é mais fácil ou díficil que no Brasil e o que eu tenho a dizer pra vocês não é exatamente a melhor notícia do mundo.

Primeiramente, vamos às más notícias. Sim, é MUITO mais difícil arranjar emprego aqui do que no Brasil. Pelo menos, essa é a minha experiência como imigrante e trabalhando na área da cultura. Por isso, se você está pensando em vir pra cá e arranjar um emprego para ser manter é melhor esperar e vir com algumas economias porque é provável que demore.

Mas existe uma luz no fim do túnel. Aqui existem muitas vagas na área! Que eu me lembre, quando eu estava procurando emprego no Brasil, eu passava horas só tentando achar alguma vaga em uma instituição cultural para aplicar. A maioria dos sites não tinham nenhum comunicado sobre vagas e quando tinham era por um salário geralmente muito baixo para o volume de trabalho solicitado e experiência necessária.

Em comparação, em Londres existem muitas vagas, mas em compensação você vai competir com os melhores. Como diria meu pai: aqui todo mundo fala Inglês fluente! Portanto, humildade porque aqui você não tem nenhum diferencial. Todo mundo é tão bom quanto você com anos de experiência, línguas e carisma e isso acaba frustando um pouco.

Vejam bem, eu estou falando sobre emprego na área da cultura. Não posso falar sobre como é arranjar emprego em lojas e etc, porque eu nunca tentei. Quando eu estava fazendo o mestrado, eu não me preocupei em procurar emprego. Me dediquei 100% aos livros e li todos os textos possíveis.  Mas imagino que deva ser relativamente fácil arranjar um part-time job porque tenho muitos amigos que trabalharam em loja ou em um pub e estudaram ao mesmo tempo. Mas dito isto, imagino que isso também afete consideravelmente o seu desempenho no mestrado. Então, pelo valor que a gente paga pra estudar aqui fora, eu diria para realmente vir para estudar, mas eu entendo que cada um sabe onde seu calo aperta.

E é aqui que eu queria falar sobre o trabalho voluntário. Na área da cultura, uma maneira de fazer as pessoas reconhecerem o seu trabalho e fazer contatos é através do trabalho voluntário em museus ou qualquer outra instituição cultural. Aí você deve estar pensando “Ah, mas eu vou trabalhar de graça?”. A resposta é sim, vai. Mas o jeito certo de encarar isso é como um período de aprendizado. Tem que ter humildade e entender que é você quem está chegando. No Brasil, eu tinha 5 anos de experiência na área e me sentia muito confiante, mas foi só começar a entender o mercado de trabalho aqui para eu perceber que eu teria que começar do zero de novo. Desde o início deste ano, eu fiz trabalho voluntário em diversos museus em Londres e essa é sem dúvida uma opção para você adquirir experiência em um organização diferente da qual você está acostumado, entender como os Ingleses se comportam em um ambiente de trabalho e fazer contatos. É claro que todos nós queremos um emprego full-time para pagar nossas contas, mas se você puder se dedicar ao trabalho voluntário em algum museum em Londres é bem provável que, com o passar do tempo, as coisas comecem a acontecer para você. Recentemente, eu fui selecionada em um processo seletivo interno em um museu no qual faço trabalho voluntário desde o ínicio do ano. Eu sempre quis trabalhar lá, então foi realmente uma grande alegria ter sido reconhecida. Demorou e exigiu muita paciência e dedicação, mas aos pouquinhos vou conquistando o meu lugar ao sol.

Além disso, preciso frisar também que muitas pessoas voluntariam em museus e causas porque elas acreditam na mesma e não necessarimente para arranjar um emprego. De qualquer modo, isso também irá contar bastante no currículo. Mesmo com o meu recém-conquistado emprego, eu vou continuar voluntariando em museus e principalmente com as causas que eu acredito que são os programas de inclusão para crianças com necessidades especiais. Aliás, no futuro vou escrever mais sobre isso porque aqui em Londres, eu aprendi muito sobre o assunto através das minhas experiências e o mestrado.

Se tiverem alguma dúvida sobre voluntariado em Londres é só me mandar inbox e/ou email  ou ainda sinal de fumaça que eu respondo!

Quero fazer um mestrado em Londres! E agora?

Para o primeiro post, achei que eu deveria começar escrevendo sobre como foi a saga para conseguir fazer o meu mestrado aqui em Londres porque sei que tenho muitos amigos interessados no assunto. Antes de começar a listar o passo a passo, queria dizer que não é pra ninguém desanimar depois de ler isso aqui! Se você tem esse sonho então você tem tudo o que é necessário. Tudo vai depender da sua força de vontade para fazer as coisas acontecerem. Quem me conhece sabe que eu passei ANOS juntando o dinheiro, negando festas, viagens e criando até climão com família e amigos que não entendiam o motivo de eu ser tão “mesquinha” com dinheiro. Chega até a ser engraçado ver que agora fica todo mundo me dizendo o quanto eu sou sortuda quando eu batalhei pra caramba pra conseguir isso.

Anyway, vamos ao que interessa, o primeiro passo antes de qualquer outra coisa é:

Pesquisar universidades e cursos do seu interesse:

Não tem jeito, você vai ter que passar horas pesquisando e entrando em sites de universidade. Londres tem umas das melhores universidades do mundo então é difícil filtrar as escolhas. Mas uma dica é ver o ranking delas na sua área, pois dependendo do seu interesse, algumas podem ser melhores que as outras. A Goldsmiths, por exemplo, é famosa pelo seu MFA in Curating (sério, todos os curadores que eu conheci aqui foram para Goldsmiths). No entanto, se o seu negócio é indústria criativa, é bom considerar a UAL e finalmente, se você gosta de museus como eu, pode escolher a minha querida universidade  (University of Westminster) ou ainda a UCL. Tudo vai depender do que você está procurando.

Decidido isso, vamos à próxima fase:

Filtrar as universidades e cursos para o qual você vai aplicar:

Então você terminou a pesquisa e descobriu que tem um curso em cada universidade que  você gostaria de aplicar! Você vai precisar filtrar baseado em: localização, disciplinas de maior interesse, o quanto aquela universidade é reconhecida na sua área e principalmente…

O QUANTO VAI CUSTAR PRA VOCÊ ESTUDAR LÁ.

Essa geralmente é a parte que o pessoal joga a toalha pro alto. Se você mora no Brasil, ainda que seu tataravô tenha sido alemão e você tenha o tão desejado passaporte europeu, você vai pagar a taxa de overseas student, o que quer dizer o DOBRO do que um cidadão que mora aqui pagaria.

Mas calma, não se desespera.

A grande maioria das universidades oferecem bolsas de mestrado. As bolsas que pagam o valor total do curso são difíceis, mas é possível ganhar bons descontos. Então, não desiste! A maioria das pessoas passam pelo menos um ano planejando o mestrado. Conheço poucos casos de pessoas que simplesmente decidiram e em setembro já tavam bem lindas começando o semestre.

Aplicando para as universidades

Agora que você já respirou fundo e decidiu que pode e vai conseguir fazer seu mestrado na gringa é chegada a hora de organizar a papelada necessária para a universidade. É preciso deixar claro que, na Europa, você tem a opção de aplicar para começar em Janeiro – que obviamente já está muito em cima – ou em Setembro. Se você escolheu setembro, você deve aplicar entre dezembro e janeiro, assim você receberá a resposta no final de fevereiro e terá tempo para aplicar para a bolsa. Muita gente deixa para aplicar lá em Maio e aí perde a oportunidade de aplicar para a bolsa! Não seja essa pessoa!

Cada universidade tem a própria lista de documentos necessários, mas a grosso modo você terá que:

  • Fazer um teste de proficência de língua Inglesa como o Ielts e tirar uma média de no mínimo 7.0
  • Ter um diploma de conclusão de bacharelado
  • Ter o transcript das matérias que você cursou com suas notas (essa é a hora que você lamenta não ter ligado muito para o seu CR, isso vai ser CRUCIAL para aplicar para uma bolsa de mestrado e ser aceito na universidade)
  • Duas cartas de recomendação em Inglês – uma do seu empregador e uma de algum professor da sua faculdade.
  • Sua carta em Inglês sobre os motivos que levaram você a escolher esse curso e por que eles deveriam te aceitar.

Vale lembrar que qualquer documento que esteja em Português (por exemplo, o diploma e o histórico de disciplinas) precisam ser traduzidos por um tradutor juramentado. Aqui no Rio, eu usei a Lítero.

Com tudo isso em mãos, você já pode aplicar para a universidade no próprio site e ir anexando os documentos. Após a aplicação, você deve esperar pela resposta da universidade que virá por email. Se eu me lembro bem, levou cerca de um mês mais ou menos pra receber a resposta de cada uma que eu apliquei. No meu caso, eu recebi Unconditional offer das três universidades para qual apliquei, o que significa que fui aceita e cumpri todos os requisitos necessários. Mas você também podem receber uma Conditional offer se, por exemplo, você não fez o IELTS ainda ou tirou uma nota menor que 7.0 e precisa repetir o teste para ser oficialmente aceito ou ficou devendo algum documento, etc.

Claro, também existe a opção onde a universidade não te aceita, mas como eu sei que os meus amigos são todos brilhantes, vamos esquecer essa fase.

Recebi a Unconditional Offer e agora?

Depois de celebrar e ligar pro pai e pra mãe, a partir do momento em que você recebe a oferta, você precisa aceitar ou recusar a mesma. Se você estiver em dúvida, dá pra aceitar todas as ofertas e recusar mais tarde. Até porque enquanto você não fez o pagamento, nada está garantido.

Aceitou? Agora você já pode correr lá no site de cada universidade e ir na parte de Scholarships pra ver quais são as bolsas para a qual você pode aplicar e o regulamento. Sim, você só pode aplicar pra uma bolsa oferecida pela faculdade depois de ser aceita pela mesma. É por isso que você precisa fazer as coisas com antecedência. De um modo geral, você vai preencher um formulário sobre o seu histórico educacional e profissional e por que você precisa do dinheiro, além de enviar novas cartas de recomendação. Detalhe: você vai precisar enviar esses documentos pelo CORREIO. Não sei se todas são assim, mas foi assim comigo então é mais um motivo para se planejar antecipadamente.

Quando eu apliquei para uma bolsa na University of Westminster, eu competi com cerca de 3.000 estudantes do mundo inteiro e apenas 50 foram selecionados. Eu lembro até hoje da emoção que senti quando recebi o email. Nem conseguia acreditar. No meu caso, a University of Westminster me escolheu para receber uma bolsa no valor de 5.000 libras e como o meu curso custou 12.500 libras foi um baita desconto! O que eu tô querendo dizer com isso é: não percam suas esperanças. Acreditem e tudo vai dar certo!

Agora que você já foi aceito e aplicou para a bolsa resta esperar. O resultado demora (se não me engano, eu apliquei em Abril e o resultado saiu no final de Junho!). Depois disso, é chegada a hora de pagar a universidade, caso você tenha recebido uma bolsa parcial como no meu caso, e aplicar para o visto de estudante no Reino Unido, o famoso TIER 4 que me custou os olhos da cara. Caso você tenha cidadania européia, não é necessário aplicar obviamente.

No próximo post, eu vou falar um pouco sobre o IELTS – exame de proficiência em língua Inglesa e também posso fazer um sobre o meu curso e minha linda universidade. Deixem sugestões para a blogueira novata aqui! 🙂